
Curtindo esse filme adoidada!
Pra quem não sabe, John Hughes, diretor, produtor, roteirista e o caralho a quatro, nasceu em 18 de fevereiro de 1950. Mas se a gente simplesmente resolvesse postar um artigo em homenagem à ele você diria: "Mas sapôrra desse cara só fez filme ruim... que baseado gigante essas meninas fumaram pra achar que ele merece lembrança?". Então eu explico: tá que ele já dirigiu cada merda que dá até medo de citar, em compensação ele se tornou digno de menção pelo fato de ter dirigido um dos meus filmes preferidos e aposto que você também já comeu muita pipoca vendo ele na sessão da tarde; "Curtindo a vida adoidado".
Ah... agora entenderam né malokeirada? Não é só um filme, é um ícone da minha geração: a gente sonhava com um dia desses: fazer o que tivesse a fim sem se preocupar, sem lembrar que existem consequências e de preferência ao som do bom e velho Rock'n Roll.
A história é bastante simples e nem por isso menos legal: Ferris (interpretado por Matthew Broderick), tá de saco cheio do colégio e resolve que vai matar aula junto com sua peguete Sloane (Mia Sara) e, claro seu melhor amigo Cameron (Alan Ruck). Tudo o que ele quer é ter um dia divertido sem preocupações, mas pra que isso role numa boa ele tem que se livrar das duas chatives inseparáveis de sua vida: o diretor da escola e a sua irmã metida a certinha e pé no saco. Isso ele consegue usando seu talento natural pra enrolar as pessoas e sua sorte onde tudo o que ele tenta acaba dando certo. Durante o dia todo ele passa por situações hilárias e com engenhosidade curte as melhores e escapa das piores, quase sempre relacionadas a fugir do diretos da escola que o persegue sem parar!
Ferris Bueller é o símbolo maior dá chutação de pau da barraca, da filosofia do dane-se adolescente e eu, como muito nerd por aí cresceu pensando nisso, em aproveitar a vida, curtindo o máximo que ela pode render. “A vida se move depressa demais. Se você não pára e não olha ao redor dela de vez em quando, pode perdê-la de vista.”, nos diz Ferris Bueller e é isso que nos marca durante todo o filme. Além dessa lição de Carpe diem o filme, apesar de nada profundo nem complexo, nos faz pensar em vários questionamentos típicos adolescentes: a falta de entendimento com os pais, a falta de perspectiva e esperança de toda uma geração (representada pelo depressivo Cameros do início do filme), a falta de significado pra escola, enfim... tudo o que a geração que cresceu com esse filme estava passando; a simplicidade com que cada um destes temas é tratado é que dá a leveza necessária pra gente compreender a mensagem sem ficar melancólico nem desiludido e sim querer apertar o nosso próprio botão de foda-se e deixar rolar.
O roteiro do rolê nesse delicioso dia de primavera começa com uma visitinha à bolsa de valores, só pra ver como as pessoas "sérias" se prendem à coisas sem importância e deixam de ser felizes planejando o dia em que terão dinheiro pra ser felizes! É muito foda ver como eles se divertem com a tensão e seriedade exagerada das pessoas negociando na bolsa e a gente ri horrores com Cameron que de repente sai do seu desânimo pra zoar também! Depois os três vão pra o alto de um prédio, ver como tudo muda se a gente mudar a perspectiva e depois ainda visitam um museu, onde vemos os jovens falando merda sobre os quadros, quando no fundo estão analisando suas próprias vidas e ainda tem a parada pra comer num restaurante caríssimo que só aceita a mulecada vestida como quem ta indo à escola pq eles estão a bordo de uma Ferrari vermelha (sinal de que não são fudidos, apenas excêntricos). Mas a cena que ninguém esquece é Ferris no alto de um carro alegórico dublando "Twist and Shout" pra uma multidão em uma parada: quanta coragem é preciso pra que um adolescente tope isso? Bancar o maluco na frente do povo, pouco se importando pra o que pensam a respeito dele... A gente pensa: "caralho! pelo menos uma vez na vida eu tenho que fazer uma loucura dessas durante todo o filme e acaba imaginando qual vai ser a nossa loucura particular.
Por essa maravilha, Matthew Broderick pra mim continua sendo Ferris, não importa em que filme ele apareça. E sempre que ouço "twist ans Shout" eu já imagino aquele muleke magrelo cantando e rebolando feito um doido. Sem dúvida nenhuma esse é op filme de todo uma geração e eu me emocion em fazer parte dela. #nerdfeelings
By: Carolzinha
Back to The Future: fodão até dizer chega!
Pra escrever esse primeiro artigo na seção clássicos, eu pensei bagaraí sobre qual filme escrever: A vingança dos nerd's? V de Vingança que tá na modinha de novo? Star Wars, claro! E muitos outros... mas quando conversei à respeito com a nerdaiada (eu tenho um consultor secreto que é tão nerd que até lava camisinha antes de usar, rs), não deu outra: Back to the Future (De volta para o Futuro) é querido por 10 entre 5 nerd's (não, eu não errei a conta, é que a galera gosta dobrado do filme, ok?). então tá aí o motivo pelo qual não comecei com outro filme. Melhor teria sido eu dizer que escolhi esse porque eu quiz, mas enfim...
O filme lançado em 1985 foi dirigido por Robert Zemeckis e tenho que dizer: sempre que eu leio esse nome por aí eu penso logo em um delorean e na carinha confusa e bonitinha do McFly. A história é sobre o adolescente Marty McFly (Michael J. Fox) que é "forçado" por vários eventos à voltar no tempo (de 1985 à 1955) onde ele encontra seus pais que ainda não se casaram e que podem nunca vir a se casar, graças à paixão que Marty desperta em Lorraine, sua mãe no futuro (eita porra!). Pra consertar a situação, ele tenta ajudar seu futuro pai, trapalhão e nerd (e como é!) a conquistar a mamãe safada enquanto ele tenta, juntamente com o Doc. Brown, que seria seu amigo no futuro, encontrar uma maneira de retornar à 1985.
Essa história todo mundo (ou pelo menos os nerds) ja ouviu, assistiu, conheceu. Mas o que eu quero mesmo e refletir porque esse filme mexe tanto com a gente? Eu já vi um zilhão de vezes e sempre que eu vejo de novo, acho foda! Comento, rio, debato com os personagens, parecendo uma retardada na frente da TV! E não pense você que todo mundo curte esse filme como a gente porque não é verdade: minha mãe diz: " de novo essa porcaria?" sempre que eu pego meu DVDzinho pra assistir.
Minhas suposições à respeito do filme ser tão foda pra gente:
1. Todo mundo já pensou se seria amigo dos pais se tivessem estudados juntos e, se você é nerd pensou também como seus pais lidariam com a zoação da galera no colégio;
2. A ficção científica é um prato cheio para qualquer nerd e quando o tema é viagem no tempo, tudo fica mais interessante: por décadas a idéia de mundos paralelos, realidades alternativas, ou qualquer porra fora da "normalidade" de nossa realidade vem nos seduzindo;
3. Eu pelo menos, fui apresentada à esse tipo de viagem no tempo (em filmes, claro), ou seja, feita por pessoas comuns (pessoas, nada: até a porra do cachorro viajou!), por BTTF; antes disso, só se aventuravam os "grandes homens". E pirei louca imaginando tudo o que faria se tivesse essa oportunidade, afinal... podia ser eu, já que o McFly é tão idiota quanto euzinha aqui!
4. A viagem no tempo de Marty, serve pra consertar merdas da sua própria vida e não aquela baboseira de sempre de salvar o mundo, pois de que adianta salvar o mundo e tomar no cu em seguida? Sua própria vida e seus pais são o que interessa pra McFly e por isso a gente deixa de se sentir tão egoísta, pois quando pensamos em viagem no tempo, todo mundo quer consertar sua vida... ninguém pensa em salvar as bruxas da Inquisição ou de matar Adolph Hitler ainda no berço, é ou não é?
5. Macfly é ao mesmo tempo um idiota e descolado: a gente pensa que poderia ser como ele, dando a volta por cima (nossa essa frase é tão anos 90!) e mudando nosso jeito de agir e se tornando uma pessoa mais interessante;
6. Não sei se pra outros nerds isso é tão importante quanto pra mim, mas McFly presenciou (e ajudou) a criação do rock! Caralho! Como alguém não ia querer isso?
Poderia continuar escrevendo um milhão de motivos pelos quais eu e uma caralhada de nerd's malokeiros amam esse filme, mas acho que nem preciso, aposto que você já tá pensando na próxima vez em que vai assistir ao dito cujo, não porque eu escrevi bem a ponto de te encher de vontade, mas porque o filme é foda pra caralho e a gente só precisa de um pretexto pra assistir ele de novo! Tão bom que virou desenho animado e uma boa versão diga-se de passagem, que também fez muito sucesso (coisa rara nas adaptações), virou card game e ainda ganhou dois filmes adicionais, em um momento que Trilogias não eram a modinha de hoje em dia (até Efeito borboleta, virou trilogia, eca!)
Mas antes de terminar esse bang, quero ainda falar de mais algumas coisinhas que tornam esse filme inesquecível:
Quem não se lembra da trilha sonora do filme? A música feita por Alan Silvestri toca imediatamente na nossa cabeça quando pensamos no filme (porra eu tive um momento de iluminação agora: por isso eu adoro aquele meu aluninho chamado alan silvestri! aposto que tem pai ou mãe nerd). Aff fiquei arrepiada agora!
E o Delorian? Mew, aquilo não é apenas um carro, não é apenas uma máquina do tempo... é uma personagem! Aquelas portas gaivota megafodas e o acabamento em aço inoxidável... PQP! A gente olha pra ele (pelo menos foi o que pensei a primeira vez que vi aquela maravilha) e imagina: essa porra vai sair voando a qualquer momento! E o melhor é que não foi feito para o filme, isso que o torna tão incrível: ele é tudo aquilo, mesmo sendo já um carro antigo na época do lançamento do filme, mas o que importa é que ele nos faz acreditar que um carro pode de fato ser modificado para máquina do tempo!
"1.21 gigawatts?!?!?!?!" É maravilhoso ouvir e ver a cara do Doc. Brown quando ele descobre, no passado que o Delorean precisa de toda essa energia pra voltar ao futuro... hilária!
O capacitor de fluxo. Ninguém sabe explicar direito o funcionamento dessa peça fundamental na máquina do tempo, mas todo mundo sabe que sem ela nada de ir de volta pra 1985! eu até hoje, toda vez que estou sem idéias repito: "preciso recarregar o capacitor de fluxo"(coisa de nerd idiota! rs).
O maravilhoso Delorian
O capacitor de fluxo e Doc. Brown
Gente, chega de falar nesse filme que eu tô aqui pirando com mil e uma coisas que eu penso a respeito dele e se continuar escrevendo eu passo o dia todo nisso e vc's nem vão querer ler tudo depois! Fiquei feliz de dividir minha paixão por esse filme com vocês e logo, logo escrevo sobre outros. E por falar nisso, vocês bem poderiam me ajudar dando idéias sobre os clássicos filmes nerd's que eu poderia escrever, né? Não custa nada, poxa...
Mas não pensem que acabou, pois eu ainda tenho muito o que dizer sobre o restante dessa trilogia e em outro momento vou encher vocês com minas baboseiras de novo:
By: Carolzinha